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Dia do Abraço: como celebrar em meio à quarentena?

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A música da banda Jota Quest é certeira quando afirma que “o melhor lugar do mundo é dentro de um abraço”. No dicionário, a palavra “abraço” significa “ação de envolver algo ou alguém com os braços, mantendo essa pessoa ou coisa próxima ao peito”, ou ainda “demonstração de carinho, de amor, de afeto ou de amizade. Ligação entre coisas ou pessoas; junção”.

Hoje, no dia 22 de maio, é comemorado nacionalmente o Dia do Abraço. A data surgiu em 2004 quando um australiano decidiu iniciar a campanha “Free Hugs Campaign”, que consistia em sair distribuindo abraços gratuitos a quem cruzasse por ele.

Juan Mann andou pelas ruas de Sydney com o objetivo de relembrar às pessoas da importância de um abraço. A ação repercutiu tanto na internet que fez com que milhares de pessoas de todos os lugares do mundo repetissem o gesto. De forma voluntária, os adeptos saem nas ruas na mesma data todos os anos abraçando quem se sente confortável para aceitar, deixando de lado todos os tipos de preconceito e transmitindo somente empatia.

O psicólogo Gabriel Batista explica que abraçar é como um gesto de afirmação dos sentimentos pelo próximo. “É uma ação física para demonstrar o que sentimos, porque muitas vezes somente falar não transmite tudo. Podemos sentir em um abraço a alegria, confiança, respeito, carinho, amor, aceitação, entre outras atitudes de contato”.

A psicóloga Cristine Ferreira também ressalta que os benefícios do abraço já são comprovados até mesmo pela ciência. “O sistema imunológico é fortalecido durante o ato. Existem hormônios que são responsáveis por combater infecções e que são liberados. Um deles é ocitocina, conhecido como o hormônio do amor. Por isso temos além de uma sensação de acolhimento, uma sensação de prazer e de bem-estar físico e emocional”, conta.

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Nos dias de hoje, mais do que nunca é possível observar a importância e a falta que o toque físico faz no dia a dia de cada indivíduo. O mundo está passando por um período atípico devido à pandemia da COVID-19, e no momento, não abraçar quem se ama tem sido o maior gesto de cuidado e amor ao próximo.

Para quem está passando pela quarentena sozinho, Gabriel sugere assistir filmes e ler histórias que envolvem o abraço. “Nosso organismo tem os chamados hormônios espelhos, que fazem com que sentimos o que o outro sente. Quando vemos ou lemos algo, acessamos uma lembrança e trazemos o conforto que sentimos em um momento passado”, afirma.

Como uma forma de manter a conexão, Cristine recomenda enviar músicas, poesias ou vídeos às pessoas amadas. Citando a frase do poeta Sérgio Vaz, ela fala que podemos ficar privados do abraço, mas não precisamos ficar privados do afeto. “Tem palavras que chegam como um abraço, e tem abraços que não precisam de palavras”. Se neste momento não podemos abraçar, podemos falar e expressar nosso afeto através da fala, do olhar e de outros gestos de carinho tão importantes que neste momento é o que está ao nosso alcance”, diz.

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LARISSA WITT – JORNALISMO SATC

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