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Pandemia Dupla – Covid-19 e Depressão

alessandra martarello2

Em 2020 quase todo mundo sentiu na pele o que é estar deprimido. Vontade de não sair da cama, pouco ou muito sono, dificuldade de se concentrar, muito ou pouco apetite, angústia, dores pelo corpo e falta de expectativa sobre o futuro.

Estudos feito nos Estados Unidos indicam que o impacto da pandemia de Covid-19 na saúde mental da população já é o pior do que provocado por tragédias como o 11 de setembro e o furacão Katrina.

O Centro de Controle e Prevenção de doenças, observou que os sintomas da depressão foram quatro vezes maior do que observada na mesma amostra em 2019.

No Brasil, foi feito um estudo com 45 mil voluntários pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Universidade Federal de Minas Gerais (U.F.M.G), onde apontou que 40% deles se sentiam tristes com frequência durante o isolamento social.

A Organização das Nações Unidas (ONU) projeta para 2021 uma crise humanitária ainda maior do que a segunda guerra mundial. E elenca a saúde mental como prioridade absoluta para os próximos anos, e já considera a depressão a doença mais incapacitante do planeta.

Estima-se que 300 milhões de pessoas vivam com depressão hoje no mundo, e quase 12 milhões delas está no Brasil.

A depressão não é apenas uma angústia passageira, mas sim uma doença que pode vir e voltar. E acredite, lidar com ela é de uma exaustão emocional e física muito grande, porque além das questões culturais, a ciência ainda não sabe detalhes profundos da doença. Infelizmente a depressão tende a ser crônica e recorrente: 80% das pessoas que têm uma primeira crise terão outras ao longo da vida.

Ambientes competitivos, desigualdade social e solidão, são alguns fatores da cultura ocidental que pré-dispõe a depressão.

A verdade é que há uma grande discussão a respeito desse crescimento.

O lado bom é que a sociedade vem falando muito mais abertamente sobre a saúde mental.

Isso incentiva ainda mais as pessoas a reconhecerem o seu sofrimento e encoraja a procura por profissionais adequados, para um diagnóstico e tratamento correto. Diminuindo o estigma ainda presente sobre esse tema: Depressão.

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