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Sobre o que eu mais gosto de falar; SAÚDE MENTAL

alessandra martarello2

Afinal de contas, o que é saúde mental?

Pelas definições da Organização Mundial de Saúde (OMS), a saúde mental é “um estado de bem-estar em que o indivíduo percebe suas próprias habilidades, pode lidar com as tensões normais da vida, pode trabalhar de forma produtiva e frutífera e ser capaz de dar uma contribuição para sua comunidade“.

Quando li essa definição logo pensei, que maravilha se todas as pessoas pudessem estar com sua saúde mental em dia. Já imaginou a paz que teríamos?  Mas infelizmente nós estamos ficando doentes.

Exigências, desafios, problemas, mudanças, momentos felizes e nem tão bons. Emoções que vivenciamos todos os dias, ao acordar e ao se deitar. Sentimentos que, de alguma forma despertam reações emocionais que impactam nossas vidas e a maneira como agimos e como pensamos.

O nível da qualidade de vida cognitiva e emocional, que define o nosso bem-estar social, emocional e psicológico e a forma como lidamos com esses fatores é que será determinante para manter ou não a qualidade da nossa saúde mental. Seja em casa, em família, com amigos ou no trabalho, as adversidades existem e podem ser superadas.

Mas se não conseguirmos enfrentar positivamente, isso pode gerar um desequilíbrio emocional, ocasionando uma série de transtornos emocionais e até doenças mentais e lidar com todas essas adversidades da vida, se tornou um peso muito grande para muita gente.

Nos últimos anos, as doenças mentais tiveram um aumento considerável, e o Brasil, segundo a OMS, é considerado o país mais ansioso do mundo e o quinto mais depressivo. Isso é assustador. Hoje a depressão está sendo considerada o mal do século XXI, agora imaginem a ansiedade que chega a afetar 18,6 milhões de brasileiros.

Infelizmente os transtornos mentais são responsáveis por mais de um terço do número total de incapacidades nas Américas. Então, como viver de forma plena e equilibrada diante uma realidade tão alarmante?

O assunto ganhou importância e preocupação internacional. Tanto que foi instruído uma data especial para alertar sobre o tema e suas consequências. Dia 10 de outubro, Dia Mundial da Saúde Mental, especialistas e instituições de saúde focam suas iniciativas sobre os desafios desta área, que por sinal são enormes, em especial a rede pública de assistência à saúde, que ainda é bem deficitária, e que acaba comprometendo a reabilitação do paciente.

A ausência de uma política séria e de programas eficientes, ainda são os maiores desafios a serem superados. Associado a isso, o preconceito é outro grande obstáculo. Muitos ainda são chamados de loucos e se fecham a um convívio social. E com medo de ser taxada como loucos, essas pessoas acabam se sentindo envergonhadas e por medo, não vão em buscar de uma ajuda profissional adequada.

Desinformação, falta de programas educativos preventivos e falta de conhecimento sobre a realidade do problema completam o quadro.

A maioria das pessoas não sabe ou confunde os sintomas de doenças mentais. Conscientizar as pessoas sobre o problema e as formas preventivas para evitá-lo é o melhor caminho.

Se não tratada corretamente, as doenças mentais tendem a se agravar, afetando a pessoa como um todo, emoção e físico.

A mudança desse cenário exige engajamento de todos, principalmente dos serviços de saúde.

Uma saúde mental em dia é conseguir equacionar bem todas as emoções. É estar bem consigo mesmo e com os outros. É conseguir manter um equilíbrio entre a razão e a emoção.

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Esta, é uma série de muitas outras matérias que serão abordados por mim,

a respeito da nossa Saúde Mental.

Aguardem.

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Alessandra Martarello Alves

Psicóloga Cognitivo Comportamental

CRP 12/02598

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