A leitura do livro A Villa me deixou na expectativa conforme eu ia avançando, porque poderia levar a vários caminhos e a minha imaginação foi seguindo na frente dos acontecimentos. O cenário é uma mansão na Itália e duas histórias são contadas paralelas, a das amigas de infância Emily e Chess no tempo atual que decidiram passar uma temporada na casa para escrever e das meia irmãs Mari e Lara na década de 1970 que também estiveram por um verão no local e uma tragédia aconteceu.
A autora Rachel Hawkins escolheu um final que me surpreendeu, mas fez muito sentido sua conclusão da história destas quatro mulheres que só tinham em comum o fato de terem se hospedado na Villa Aestas para encontrarem tempo e inspiração para escrever. Na trama existem amizades difíceis, relações conturbadas, ciúmes, falta de confiança e muito mais.
Emily e Chess estão com pouco mais de trinta anos e sentem a conexão entre elas se perder, mas quando Chess convida a amiga para viajar com ela, o convite é aceito. Emily está vivendo um momento difícil, separada do marido, está recuperando sua saúde, mas com problemas financeiros e quando encontra o famoso livro de terror de Mari e faz algumas ligações com a casa, ela decide mudar o foco e começar um novo trabalho que se mostra interessante e ela volta a escrever. Chess é famosa com livros de autoajuda e precisa fazer um novo trabalho, mas também falta inspiração e ela tenta uma nova abordagem com a amiga.
O livro de terror de Mari e o disco Aestas de Lara, ambos feitos na mansão, são ainda famosos, mas a história de suas vidas é ainda mais interessante conforme Emily vai buscando pistas e fazendo descobertas. Pierce, companheiro de Mari foi assassinado naquela mansão há décadas, mas o que realmente aconteceu? Quase nada se falou naquela época e nos anos seguintes e tudo parece ter sido um mistério que ninguém que estava presente quis comentar.
Neste vai e vem de presente e passado, da vida de Chess e Emily e também de Mari e Lara, a inspiração só aumenta e decisões difíceis são tomadas. Realmente não era o final que eu esperava, mas a autora foi ousada ao escrever o destino de cada uma como fez.
