Colunistas LOUISE ANGELO DE SOUZA

Ansiedade de separação

LOUISE 2019

A ansiedade de separação enfrentada pelos filhos é um medo exagerado de perder os pais, ou de separar-se deles, receio da quebra deste vínculo. Essa ansiedade é mais perceptível em fases escolares, em que a criança precisa ser deixada na escola e, portanto, separar-se por um tempo de seus pais, ou em idade em que os pais esperam que a criança queira dormir na casa de amigos e parentes, mas fica resistente para afastar-se dos pais. Vivências como essas, já se tornou motivo de muitas mães pedirem o desligamento de seus empregos para ficar com seus filhos.

Os principais sintomas que a criança pode apresentar são percebidos por meio de uma preocupação excessiva, com a figura importante de vinculação, neste caso os pais ou os cuidadores, medo de que algo ruim ou trágico possa acontecer com estes responsáveis, pesadelos envolvendo a temida separação e sintomas psicossomáticos, como dor de cabeça, náuseas ou vômitos.

Nem todas as crianças enfrentam este período de ansiedade, a origem deste está ligada à predisposições genéticas e ao ambiente familiar em que a criança está inserida. Se essa figura em desenvolvimento estiver inserida em um ambiente onde os pais possuem comportamentos ansiosos, preocupação excessiva com acidentes, assaltos ou doenças, tudo isso torna um agravante emocional importante para o aumento da ansiedade e do temor da criança.

Outro ponto bastante importante trata-se do costume de tentar controlar o comportamento da criança assustando-a com ameaças, como por exemplo, a história do bicho papão que vai pegar quem não obedecer, ou quem não voltar para casa logo. Isso reforça o sentimento de insegurança na criança que esta aprendendo como se sentir segura sem necessariamente estar com os pais, e em novos contextos sociais, como o escolar.

Nesse momento, a melhor ajuda para oferecer a criança, em primeiro lugar é a empatia, se colocar no lugar da mesma e buscar compreender o desafio do novo, a insegurança compreensível que é temer sair de perto de duas pessoas que a ensinaram tudo sobre o mundo, desde seu nascimento. Em um segundo momento, trata-se da mudança de comportamento por parte dos pais e dos que mais convivem com a criança, caso tenham se identificado com as atitudes que influenciam na ansiedade, já citadas acima.

É muito importante criarmos sujeitos seguros de si, seguros de que são capazes e seguros de que são amados e que, portanto, podem ir e vir, quando quiserem, independente da idade.

Este espaço será feito com muito carinho com o intuito de proporcionar autoconhecimento, educação emocional e saberes do ser humano. Como estes, terão muito mais. Aguardem! Fico a disposição para sugestões de temas.

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