CÂMARA DE VEREADORES

Câmara de Siderópolis aprova projeto de lei que altera nome de rua na Vila São Jorge

Familia Silvio

Em sessão realizada nessa segunda-feira, dia 22, os vereadores aprovaram o projeto de lei 01/2024 de autoria dos vereadores Charles Wilian Vitto (PSD) e Pedro Valcir de Souza (PP), que prevê a alteração de nome da rua Projetada “12 1031-100” no bairro Vila São Jorge. Com a aprovação, o bairro agora conta com a Rua Silvio Irênio de Souza.

Sobre Silvio Irênio de Souza

Nascido em Orleans no dia 14 de maio de 1938, desde novo Silvio Irenio de Souza trabalho de maneira muito forte, filho de agricultores trabalhou na roça, no campo e no trato com animais, sempre teve sonho de sair do interior, não achava ruim a vida rural, mas sim de vir para a cidade grande, pois curiosidade nunca lhe faltou. Na primeira oportunidade que teve, aprendeu o ofício que iria lhe acompanhar a vida toda, nas construções de estufa de fumo, se tornou ajudante e logo após pedreiro.

Casou-se com Conceição Duarte de Souza, com quem teve oito filhos, sendo que um deles, ainda pequeno veio a falecer, fato esse que o marcaria para toda a vida. De lá para cá, morou em algumas cidades, passando por Laguna, Criciúma, até chegar a Vila São Jorge em Siderópolis, isso na década de 80, local esse que definiu como sua morada para uma vida, já que com muito esforço e ajuda da nossa mãe, conseguiram comprar um terreno na atual rua José Agassi, nº 40.

Na época, eram poucas famílias, e quatro dos seus filhos ainda não estavam morando junto com ele. A medida que seus filhos iam se casando, ajudou de uma forma ou de outra na construção de suas casas, nos estudos ou como pode, sendo que no decorrer dos anos, quase todos os seus filhos já estavam morando nas proximidades, ou em cidades vizinhas, mas sempre com a ajuda do “Seu Silvio”, como era chamado.

Silvio sempre conviveu com o problema de água que havia na Vila São Jorge, e se tornou exímio construtor de poços de água, sendo que fez, vários na região, além disso, era um homem muito prestativo, que ajudava as pessoas sem pensar o quanto ganharia com cada trabalho empreitado.

As pessoas falavam, “Seu Silvio, o senhor cobrou muito barato esse serviço, e ele respondia, eu faço pelo gosto e cobro pensando que essa pessoa é assim como eu, simples, que trabalha e não tem muitas condições”. Adorava pescar, além de visitar os açudes da região, ele constantemente ia até os pesque pague da região, muitas vezes de bicicleta e até mesmo a pé, com isso fez muitas amizades, e adorava uma boa conversa, falar sobre suas histórias, sobre quando era jovem e tudo que passou até ali, com isso, eram risos, mais histórias e horas a fio de conversa generosa.

Nunca foi um homem de detalhes, e afagos, muitas vezes era durão e rude, mas tinha o maior coração que podia caber em seu peito, e ajudava da melhor maneira possível, ele estava sempre a disposição, e ao lado da minha mãe, teve seus piores e melhores momentos de vida.

Foi um dos 50 primeiros moradores da Vila São Jorge, e nesses anos todos até o seu descanso, foram dias de alegria e de tristeza, como quando de bicicleta, chegando na Vila para mais um fim de semana de construção de sua casa, viu que ela havia sido derrubada pelo vendo, fato que ocorreu por três vezes, mas nem assim, deixou de construir um lar para a família.

Seus últimos anos após aposentar-se das obras, trabalhou como vigia, havia quase sempre um livro, que após ler, falava do assunto e mostrava a inteligência que tinha, era um artesão de coisas simples, e por muito tempo trabalhou em casa fazendo gaiolas e até juntando coisas que encontrava nas redondezas, como homem simples, sabia que uma hora ou outra, poderia precisar daquilo que dava valor, mesmo sendo algo sem importância para muitos.